Como usar as redes sociais para se aproximar de seu filho adolescente

Eles podem dormir na sua casa e comer na sua mesa, mas os adolescentes vivem nas redes sociais.

Heloísa e sua filha adolescente Laura são amigas, e elas não saem por aí com roupas combinando e rindo para os garotos que veem, mas a internet não liga para isso. No mundo das redes sociais, um “amigo” é qualquer pessoa que foi convidado ou tem acesso ao perfil de um indivíduo. Heloísa descobriu que a melhor maneira de se manter conectada com sua filha é: “fazer amizades” com ela.

Heloísa explica: “Ser parte da rede deles é um pré-requisito”.

Para esses pais, não é sobre invadir secretamente as conversas on-line da Laura ou ficar tentando escutar e bisbilhotar o que ela conversa, mas sim construir um verdadeiro relacionamento nesse mesmo ambiente. Mas, como muitos pais, Heloísa e seu marido levaram um tempo para se sentirem “à vontade” no ambiente digital.

– Aprenda a acompanhar e “ser dar bem” com as redes

As redes sociais de antigamente não sumiram, muito pelo contrário, elas apenas se aperfeiçoaram e mudaram para um lugar mais espaçoso, onde alcançar e atraem cada vez mais usuários.

Nos dias atuais, nosso trabalho é aprender a viver com essas tecnologias digitais que estão a todo momento mudando e evoluindo, ou ainda melhor, precisamos aprender a incluir e envolver essas ferramentas em nosso dia a dia e rotina para fortalecer nossas famílias.

Especialistas concordam que o uso ilimitado e não supervisionado das redes sociais pode ter efeitos negativos sobre os adolescentes, mas ainda assim, nove em cada dez adolescentes utilizam as redes sociais de maneira ilimitada.

Os pais não podem ignorar as novas tecnologias ou permanecer omissos às muitas formas como os adolescentes estão se conectando.

E você pode se perguntar: “Onde estão conectados os adolescentes hoje em dia?” A resposta é simples: em qualquer lugar que eles possam satisfazer um desejo de validação.

Adolescentes querem “views”, anseiam por “likes”, fazem uma coleção de “amigos” e “seguidores”. Essa geração deseja atenção e afirmação, muitas vezes sem critério algum, apenas para se sentir bem consigo mesmos.

E com as atividades dos jovens se tornando cada vez mais digitais e com várias maneiras de se realizar, os pais estão achando isso bem difícil de se monitorar.

– Seja intencional, não intimide-se

Felizmente hoje a grande parte de mães e pais estão dispostos a explorar novas tecnologias e usá-las a seu favor nas relações com seus filhos -muitas pesquisas corroboram essa informação – e, assim, podem criar laços mais estreitos com seus filhos.

Psicólogos descobriram que adolescentes que se conectam com os pais nas redes sociais se sentem mais próximos deles no dia a dia. Esses jovens também são menos deprimidos e agressivos.

Embora a tecnologia de hoje certamente tenha suas desvantagens, ela também tem muitas vantagens para o desenvolvimento do relacionamento dos pais com seus filhos.

Por exemplo, os pais podem enviar alguma mensagem encorajadora em algum momento difícil ou apenas lembrar seu filho de que ele não está sozinho e que é amado; até mesmo mandar posts engraçados ou algum vídeo para descontrair ajuda bastante no relacionamento de pais e filhos.

Hoje existem muitas maneiras de pais se conectarem com seus filhos adolescentes, maneiras que pais de gerações passadas nunca teriam imaginado.

Um benefício adicional de se aproximar dos seus filhos nas redes sociais, é a importante chance de modelar e ensinar qual deve ser o devido comportamento em ambientes digitais – e isso é um compartilhamento mútuo – afinal, os pais podem aprender coisas novas com seus filhos. Será uma experiência de aprendizado para ambos os lados.

Assim como elogiamos crianças pequenas, pensamos em pequenos detalhes ao preparar a lancheira, comprar uma roupa ou brincar junto, uma interação digital com seu filho adolescente é muito importante para ele.

Lembre-se de que alguns canais são mais interativos do que outros. Resista ao desejo “impulsivo” de deixar um comentário onde seus amigos possam ver e seu filho possa sentir-se constrangido. Regra nº 1 da internet: evite comportamentos que possam se tornar “memes”.

Os adolescentes de hoje cresceram com as mídias sociais. Eles são nativos da era digital. Não é uma questão de se eles irão ou não aderir às redes sociais, mas de quando. 

Deixamos aqui nosso convite. Vamos nós, pais, mães e responsáveis fazer o melhor para extrair o melhor relacionamento e contato com essas mídias, alcançando nossos filhos? Precisaremos trabalhar e ter sabedoria, mas será muito mais efetivo do que nos isolarmos desse mundo.

Nós podemos “fazer e adicionar” novos amigos… começando com nossos filhos.

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